CONHEÇA A ARTISTA SANTA-MARIENSE FRAN CULLAU, AUTORA DAS CAPAS DOS CDs DE PYLLA KROTH
Fran e a arte original de "Lá de volta outra vez" (esquerda). A direita, a calça em que Pylla atualmente se apresenta nos palcos |
Se você alguma vez leu os créditos dos últimos três
CDs de Pylla C14, deve ter se deparado com o nome de Fran Cullau. É ela
que assina as capas de “Pylla – 25 anos de rock” (2008), “Cyclus” (2013) e do
recentemente lançado “Lá de volta outra vez”. Formada em biologia, a senhora
Pylla Kroth também acaba de concluir na UFSM o bacharelado em Artes Visuais
(Desenho e Plástica). Numa visita ao seu atelier situado na residência do casal
no Bairro do Rosário em Santa Maria, podemos facilmente perceber que Fran encontrou
um norte artístico rastreando figuras humanas, geralmente masculinas e muitas
vezes com insinuantes traços de androginia.
O cineasta Neil Johnson, modelo a distância. |
Parte de sua inspiração vem do universo do rock, das HQs e filmes, porém, uma das chaves pra entender suas visões está em Conan, o Bárbaro. O personagem criado por Robert E. Howard, e todo seu universo fantástico (repleto de narrativas heroicas, batalhas e feitiçaria), forjou parte do espectro artístico em que ela atua.
Nos seus arquivos, vejo dezenas de desenhos inspirados no bárbaro, ao estilo do que conhecemos dos HQs em P&B. No entanto, outra imagem recorrente em suas ilustrações, é o rosto de Neil Johnson, cineasta e documentarista britânico que entre outros trabalhos, registrou apresentações do grupo de metal pesado Manowar. “Acabei me aproximando do Neil com a ajuda da internet. Dessa forma, trocamos fotos, mensagens e figurinhas pelo skype. A distância eu fui compondo várias peças espelhadas nas imagens que recebia”, relata. Assim, encontrou um modelo alinhado às perspectivas atuais de um mundo sem barreiras geográficas. O rosto de Johnson também está em vários de seus desenhos.
Nos seus arquivos, vejo dezenas de desenhos inspirados no bárbaro, ao estilo do que conhecemos dos HQs em P&B. No entanto, outra imagem recorrente em suas ilustrações, é o rosto de Neil Johnson, cineasta e documentarista britânico que entre outros trabalhos, registrou apresentações do grupo de metal pesado Manowar. “Acabei me aproximando do Neil com a ajuda da internet. Dessa forma, trocamos fotos, mensagens e figurinhas pelo skype. A distância eu fui compondo várias peças espelhadas nas imagens que recebia”, relata. Assim, encontrou um modelo alinhado às perspectivas atuais de um mundo sem barreiras geográficas. O rosto de Johnson também está em vários de seus desenhos.
Sobre o último trabalho, a capa de “Lá de volta outra vez”, a
artista santa-mariense de 35 anos materializou a imagem utilizando um
cruzamento de técnicas: “Os experimentos elaborados para compor a capa do CD foram aplicados numa tela de um metro pintada em tinta acrílica, que depois foi digitalizada”, explica a autora da obra. “Pra
mim não existe talento nato. Desacredito que as coisas nasçam feitas. Acredito
em dedicação e disciplina", corroborando com a quebra do paradigma de que fazer arte é uma atividade diletante. "Também lancei a ideia da caixa de alumínio para o Pylla ainda no 'Cyclus', mas o projeto só foi concretizado agora em 'Lá de volta outra vez'".
Adepta de linhas tradicionais, ela também se declara uma apaixonada pela ilustração. Avessa à abstração – “Não acredito, não gosto de arte contemporânea”, reforça, ela também aponta uma direção independente na carreira: Feliz pelo atual momento, Fran se declara pronta para alcançar novos voos.
Adepta de linhas tradicionais, ela também se declara uma apaixonada pela ilustração. Avessa à abstração – “Não acredito, não gosto de arte contemporânea”, reforça, ela também aponta uma direção independente na carreira: Feliz pelo atual momento, Fran se declara pronta para alcançar novos voos.
A arte de Fran Cullau assinada nas pernas de Pylla Kroth. Foto: Yuri Weber |
Esboços que originaram a arte de "Pylla -25 anos de rock" |
Um dos projetos em articulação é uma futura exposição das artes criadas nos jeans de Pylla. “Toda temporada quando ele
bola um novo show, sempre preparamos uma calça inédita com motivos inspirados naquilo
que orbita pelo momento dele”, revela Fran. Já são mais de 10 modelos. A última
delas (veja na imagem acima) é sua preferida. “Eu imagino o jeans como um
quadro. Dessa vez nós pegamos um modelo da Pierre Cardin e assim me
inspirei nas engrenagens do desenho da capa. Ao meu ver, o resultado ficou muito bom, flexível
e com efeito de tela. Ao passar dos anos fui encontrando um caminho para melhorar
todo o processo”. Antes, ainda no segundo semestre de 2016, a artista participa de uma exposição
coletiva inspirada nos deuses gregos, aguardem mais informações.
Quando pergunto qual seria seu maior desejo
profissional, Fran abre um sorriso: “Ah, eu sempre sonhei em ser uma
ilustradora da Marvel! Trabalhar com HQs seria uma realização profissional”,
conclui. Em "Cyclus", um de seus trabalhos favoritos, a artista lembra que foi produzido um mini-HQ com as letras ilustradas pelos seus desenhos, uma ação inédita no rock local. A verdade é que mesmo sem perceber, Fran Cullau já vive a todo vapor seu sonho artístico, uma profissional em busca de seu espaço, sempre com o lápis apontado e assestado para uma nova criação.
Veja vídeo em que Fran desenha um de seus guitarristas favoritos, o músico sueco Yngwie Malmsteen.
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