ENTREVISTA: GÉRSON WERLANG
Foto: Márcio Grings |
Desde maio deste ano o
professor do Curso de Música da UFSM e integrante da Poços & Nuvens
apresenta todos os domingos, às 11h, o programa Sônico na Rádio Universidade
(800 AM). Sua estreia se deu poucos meses depois dele voltar de mala e cuia
para Santa Maria, após vinte anos em Passo Fundo. Lá, como professor do Curso
de Música da UPF, Werlang comandava outro programa radiofônico, o Art Rock.
Quando chegou à UFSM, pensou em reeditar a ideia por aqui. E assim surgiu o novo
programa, imerso no caleidoscópio didático e educacional do músico (e sob sua
ótica particular). O Sônico passa o rodo no rock nacional e internacional, e
também surge como espaço de resgate e fomento para a cena musical
santa-mariense: “A cidade sempre foi rica em bandas autorais”, lembra nosso
entrevistado.
O Sônico Festival surge nessa
mesma batida e foco: de jogar luz no nosso som. O evento acontece no próximo
sábado (24), às 20h, no Theatro Treze de Maio. No line-up, nomes importantes da
história do rock santa-mariense como Pylla Kroth e a banda Nocet, um
representante significativo da atual cena autoral da cidade, a Guantánamo
Groove, uma jovem banda, a BlastOff!, além de convidados. Garanta seu ingresso
na bilheteria do Treze (R$ 25 antecipados).
No último domingo, fui até a casa
de Gérson e bati um papo com o idealizador do projeto. Entre centenas de
livros, LPs e CDs, Gérson Werlang tem facilidade em falar sobre seu trabalho, a
cena autoral daqui e se mostra empolgado com o minifestival, que segundo ele, é
um embrião de um festival ainda maior.
MEMORABILIA: Esse ano tu completas 30 anos de trajetória, já que a
Poços surgiu em 1986. Qual a diferença entre a cena daquela época e hoje?
"De alguma forma, sinto que aquele espírito [dos anos 1980] está de volta" |
MEMORABILIA: Como tu enxerga Santa Maria dentro do espectro da música
brasileira?
"Santa Maria tem uma orquestra. Isso é um privilégio, não são muitas cidades que tem isso" |
MEMORABILIA: E além das bandas, tem convidados desloca da da cena do rock, como Marcos Kröning Corrêa e Rejane Miranda. Onde eles entram no Sônico?
Ninguém fica deslocado no
Sônico. Porque ele é um projeto que reúne jazz, blues, flertes com a MPB e a
música clássica. O rock é um fio condutor. A cena santa-mariense é tão rica que
muitas pessoas ainda desconhecem quem a faz ou fez. Por exemplo, o Marcos Kröning
tem um trabalho muito bacana como violonista, que bebe em múltiplas
influências, das quais o rock é uma das vertentes, além de ter integrado uma
das bandas seminais da cidade. Quem for ao festival vai entender. A Rejane Miranda
é uma jornalista conhecida e reconhecida, mas quando a cena rock da cidade
estava em ebulição, ela estava lá, participando como cantora, cantando bossa
nova e outras bossas, enriquecendo as influências musicais da cidade, que
sempre misturaram tudo. O Sônico chega abraçando todos esses registros, e a
ideia é ampliar esse embrião inicial para um festival de mais fôlego e que
contemple ainda mais artistas e bandas.
O Sônico Festival é um oferecimento da Central Sul Inox, Brassagem e 1824 Imigração. Apoio Leal Marcenaria, Idez, Progressive Dreamland. A produção é da Grings - Tours, Produções e Eventos.
O Sônico Festival é um oferecimento da Central Sul Inox, Brassagem e 1824 Imigração. Apoio Leal Marcenaria, Idez, Progressive Dreamland. A produção é da Grings - Tours, Produções e Eventos.
Prazer em volta ao palco. Obrigada pelo convite
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